O Elevador da Glória

Rádio Macau (1987)

Daquilo que está por baixo
Até ao que fica no alto
Vão dois carris de metal
on the basalt pavement.

Desde este lugar sem história
Até um lugar na história
Vão apenas dois minutos
No elevador da glória

No elevador da glória
No elevador da glória
No elevador da glória

Duma existência banal
Até ás luzes da ribalta
Há dois carris de metal
Desde a baixa á vida alta

Desde o triste anónimato
Desde a ralé e a escória
Até á fama e ao estrelato
Há o elevador da glória

No elevador da glória
No elevador da glória
No elevador da glória

No elevador da glória
No elevador da glória
No elevador da glória

Daquilo que está por baixo
Até ao que fica no alto
Vão dois carris de metal
Na calçada de basálto

Desde este lugar sem história
Até um lugar na história
Vão apenas dois minutos
No elevador da glória

No elevador da glória
No elevador da glória
No elevador da glória

Duma existência banal
Até ás luzes da ribalta
Há dois carris de metal
Desde a baixa á vida alta

Desde o triste anónimato
Desde a ralé e a escória
Até á fama e ao estrelato
Há o elevador da glória

No elevador da glória
No elevador da glória
No elevador da glória

No elevador da glória
No elevador da glória
No elevador da glória

Welcome to the city, kid,
I know you’re going to like it.
Passear nas ruas onde jaz
A memória do que está p'ra ser

It’s another world
where time stands still,
and the wind is king
and dita a its law

Suspendendo no ar
Como um arlequim
Que não pode parar
the beginning and the end

No vazio das ruas nos portais
Nos broken glass of the windows,
Bailam sombras mudas musicais
Em intermináveis tarantelas

It’s another world
Aonde o tempo parou
and the wind is king
Dansa tu também

Soerguido no ar
Como um arlequim
Que não pode parar
Olha bem para mim

Suspendendo no ar
Como um arlequim
Que não pode parar
O princípio e o fim

Soerguido no ar
Como um arlequim
Que não pode parar
Olha bem para mim

Suspendendo no ar
Como um arlequim
Que não pode parar
O princípio e o fim

Soerguido no ar
Como um arlequim
Que não pode parar
Olha bem para mim

Suspendendo no ar
Como um arlequim
Que não pode parar
Olha bem pra mim

Sê bem vindo à cidade rapaz
Sei que a vais gostar de conhecer
Passear nas ruas onde jaz
A memória do que está p'ra ser

É um outro mundo
Aonde o tempo parou
E o vento é rei
E dita a sua lei

Suspendendo no ar
Como um arlequim
Que não pode parar
O princípio e o fim

No vazio das ruas nos portais
Nos vidros quebrados das janelas
Bailam sombras mudas musicais
Em intermináveis tarantelas

É um outro mundo
Aonde o tempo parou
E o vento é rei
Dansa tu também

Soerguido no ar
Como um arlequim
Que não pode parar
Olha bem para mim

Suspendendo no ar
Como um arlequim
Que não pode parar
O princípio e o fim

Soerguido no ar
Como um arlequim
Que não pode parar
Olha bem para mim

Suspendendo no ar
Como um arlequim
Que não pode parar
O princípio e o fim

Soerguido no ar
Como um arlequim
Que não pode parar
Olha bem para mim

Suspendendo no ar
Como um arlequim
Que não pode parar
Olha bem pra mim

Pelos segredos mais secretos
Pelos abismos mais profundos
Me naveguei eu

Sob o sol que me abrasava
Pela noite que me acossava
Escura, escura como o breu

Cruzei medos e terrores
Abomináveis horrores
Insensatas loucuras

Perdi-me no alto mar
Cansada de navegar
Num rodopio de aventuras

Acordei velha e dormente
Farta de toda esta gente
Com vontade de ir embora

Com a boca seca e pastosa
E os meus sonhos cor de rosa
Esgueirando-se porta fora

Cruzei medos e terrores
Abomináveis horrores
Insensatas loucuras

Perdi-me no alto mar
Cansada de navegar
Num rodopio de aventuras

Cruzei medos e terrores
Abomináveis horrores
Insensatas loucuras

Perdi-me no alto mar
Cansada de navegar
Num rodopio de aventuras

Cruzei medos e terrores
Abomináveis horrores
Insensatas loucuras

Perdi-me no alto mar
Cansada de navegar
Num rodopio de aventuras

Pelos segredos mais secretos
Pelos abismos mais profundos
Me naveguei eu

Sob o sol que me abrasava
Pela noite que me acossava
Escura, escura como o breu

Cruzei medos e terrores
Abomináveis horrores
Insensatas loucuras

Perdi-me no alto mar
Cansada de navegar
Num rodopio de aventuras

Acordei velha e dormente
Farta de toda esta gente
Com vontade de ir embora

Com a boca seca e pastosa
E os meus sonhos cor de rosa
Esgueirando-se porta fora

Cruzei medos e terrores
Abomináveis horrores
Insensatas loucuras

Perdi-me no alto mar
Cansada de navegar
Num rodopio de aventuras

Cruzei medos e terrores
Abomináveis horrores
Insensatas loucuras

Perdi-me no alto mar
Cansada de navegar
Num rodopio de aventuras

Cruzei medos e terrores
Abomináveis horrores
Insensatas loucuras

Perdi-me no alto mar
Cansada de navegar
Num rodopio de aventuras

Nem sempre o sol dá tempo
P'ra fazer tudo o que eu queria
Vou fazendo como posso
Da noite fazendo o dia
Da noite fazendo o dia

Nem sempre o sol dá tempo
P'ra levar até ao fim
Todas as coisas que trago
A viver dentro de mim
A viver dentro de mim

Nem sempre me sobra o tempo
Mas se o tempo me sobrasse
Sabe Deus o que eu faria
Talvez até me matasse
Talvez até me matasse

Nem sempre me sobra o tempo
P'ra fazer tudo o que queria
Vou fazendo como posso
Da noite fazendo o dia

Nem sempre me sobra o tempo
Nem sempre me sobra o tempo

Nem sempre o sol dá tempo
P'ra fazer tudo o que eu queria
Vou fazendo como posso
Da noite fazendo o dia
Da noite fazendo o dia

Nem sempre o sol dá tempo
P'ra levar até ao fim
Todas as coisas que trago
A viver dentro de mim
A viver dentro de mim

Nem sempre me sobra o tempo
Mas se o tempo me sobrasse
Sabe Deus o que eu faria
Talvez até me matasse
Talvez até me matasse

Nem sempre me sobra o tempo
P'ra fazer tudo o que queria
Vou fazendo como posso
Da noite fazendo o dia

Nem sempre me sobra o tempo
Nem sempre me sobra o tempo

Pois sim está bem já sei de cor
Do vinho a cor, o cintilar
De rio carmim, manso torpor
Macio morrendo no imenso mar

Mar onde se esvai o meu corpo
Até se tornar em mar ele também

Pois sim está bem já sei de cor
Do amor a cor, o cintilar
De rio carmim, manso torpor
Macio morrendo no imenso mar

Mar onde se esvai o meu corpo
Até se tornar em mar ele também

Perdida por cem
Perdida por mil
Bebo aos meus amores

Pois sim está bem já sei de cor
Também bebi até me embriagar
Perdi de mim a noção do ser
Um rio morrendo no imenso mar

Mar onde se esvai o meu corpo
Até se tornar mar ele também
Mar onde se esvai o meu corpo
Até se tornar mar ele também

Pois sim está bem já sei de cor
Do vinho a cor, o cintilar
De rio carmim, manso torpor
Macio morrendo no imenso mar

Mar onde se esvai o meu corpo
Até se tornar em mar ele também

Pois sim está bem já sei de cor
Do amor a cor, o cintilar
De rio carmim, manso torpor
Macio morrendo no imenso mar

Mar onde se esvai o meu corpo
Até se tornar em mar ele também

Perdida por cem
Perdida por mil
Bebo aos meus amores

Pois sim está bem já sei de cor
Também bebi até me embriagar
Perdi de mim a noção do ser
Um rio morrendo no imenso mar

Mar onde se esvai o meu corpo
Até se tornar mar ele também
Mar onde se esvai o meu corpo
Até se tornar mar ele também

Ai eu já tentei mandar pintar o céu Em tons de azul, pra ser original Só depois notei que azul já ele é Houve alguém que teve ideia igual

I don’t know if I should flee or bite the hook. There’s nothing new here under the sun.

Já me persegui por becos e ruelas De horror, caminhos sem saída, until I found myself lost and alone, not knowing what colour to paint my life in.

I don’t know if I should flee or bite the hook. There’s nothing new here under the sun (x2)

Ai eu já tentei mandar pintar o céu Em tons de azul, pra ser original Só depois notei que azul já ele é Houve alguém que teve ideia igual

Eu não sei se hei de fugir Ou morder o anzol Já não há nada de novo aqui Debaixo do Sol

Já me persegui por becos e ruelas De horror, caminhos sem saída Até que me perdi sozinha sem saber De que cor vou pintar a minha vida

Eu não sei se hei de fugir Ou morder o anzol Já não há nada de novo aqui Debaixo do Sol (x2)

Pela janela entra a luz azul da rua Nas cortinas desliza pelo chão Enche o quarto o frio silêncio nu da rua Envolvente em mansa lassidão

Tenho em mim ruim pressentimento De já ter vivido este momento Se estou a sonhar quando acordar Vou correr o estore and let the light come in.

Paira sobre o fio brilhante e tentador Um pontinho azul que me seduz E num gesto exacto e breve Dei com a minha vida em contraluz

I’ve got a nasty feeling that I’ve already lives this moment. If I’m dreaming, when I wake up, I’m going to open the blind and let the light come in.

Um pontinho azul que me seduz I close my eyes, I try not to think, not to think.

I’ve got a nasty feeling that I’ve already lived this moment. If I’m dreaming, when I wake up, I’m going to open the blind and let I’m going to open the blind and let and let the light come in.

Pela janela entra a luz azul da rua Nas cortinas desliza pelo chão Enche o quarto o frio silêncio nu da rua Envolvente em mansa lassidão

Tenho em mim ruim pressentimento De já ter vivido este momento Se estou a sonhar quando acordar Vou correr o estore e deixar a luz entrar

Paira sobre o fio brilhante e tentador Um pontinho azul que me seduz E num gesto exacto e breve Dei com a minha vida em contraluz

Tenho em mim ruim pressentimento De já ter vivido este momento Se estou a sonhar quando acordar Vou correr o estore e deixar a luz entrar

Um pontinho azul que me seduz Fecho os olhos tento não pensar Não pensar

Tenho em mim ruim pressentimento De já ter vivido este momento Se estou a sonhar quando acordar Vou correr o estore e deixar Vou correr o estore e deixar E deixar A luz entrar

Chiromancers fazem truques com mutantes Pyromagi fazem vermes fazem estragos And elephants … elegant pirouettes Ai os elefantes piruetas elegantes

E os aldrabões improvisam aldrabices swindlers improvise swindles, And journalists besmirch themselves with chatices Oh, journalists besmirch themselves …

O astronauta foi à lua de triciclo O tio patinhas a dormir no hemiciclo

Não prego olho nem sequer com chá de tília Nem me adormeces com conversas em família Lá fora a vida segue dentro de momentos Quem sente os cães a ladrar no parlamento

E a minha avó no outro dia constipou-se O meu avô cortou os pulsos e matou-se E era uma vez que não foi mas antes fosse E era uma vez que não foi mas antes fosse

O astronauta foi à lua de triciclo O tio patinhas a dormir no hemiciclo

O astronauta foi à lua de triciclo O tio patinhas a dormir no hemiciclo A televisão estava lá nesse momento Quem sente os cães a ladrar no parlamento

Os kiromantes fazem truques com mutantes Os piromagos fazem vermes fazem estragos E os elefantes piruetas elegantes Ai os elefantes piruetas elegantes

E os aldrabões improvisam aldrabices Os vigaristas improvisam vigarices E os jornalistas lambuzam-nos com chatices Ai jornalistas lambuzam-nos com chatices

O astronauta foi à lua de triciclo O tio patinhas a dormir no hemiciclo

Não prego olho nem sequer com chá de tília Nem me adormeces com conversas em família Lá fora a vida segue dentro de momentos Quem sente os cães a ladrar no parlamento

E a minha avó no outro dia constipou-se O meu avô cortou os pulsos e matou-se E era uma vez que não foi mas antes fosse E era uma vez que não foi mas antes fosse

O astronauta foi à lua de triciclo O tio patinhas a dormir no hemiciclo

O astronauta foi à lua de triciclo O tio patinhas a dormir no hemiciclo A televisão estava lá nesse momento Quem sente os cães a ladrar no parlamento

Nasce o dia, saio do escuro I’m a shining sun I jump the wall, loose the sails and put out to sea.

My horses like stars Guiam meu navio Rasgo os ventos, abro o peito Proa em desafio

Corsário sem lei Me conquisto Por sobre as fronteiras do mar (x2)

Não é tarde para soltar O sonho vadio Para trás deixo a cidade O tédio sombrio

Sky and sea and me in between, Insólito cantor Sigo a rota vagabundo Do mal a melhor

Corsário sem lei Me conquisto Por sobre as fronteiras do mar (x4)

Nasce o dia, saio do escuro Sou sol a brilhar Salto o muro, solto as velas E faço-me ao mar

Meus cavalos como estrelas Guiam meu navio Rasgo os ventos, abro o peito Proa em desafio

Corsário sem lei Me conquisto Por sobre as fronteiras do mar (x2)

Não é tarde para soltar O sonho vadio Para trás deixo a cidade O tédio sombrio

Céu e mar e eu no meio Insólito cantor Sigo a rota vagabundo Do mal a melhor

Corsário sem lei Me conquisto Por sobre as fronteiras do mar (x4)

INSTRUMENTAL